Foi em 1846 que a palavra folclore apareceu pela primeira vez em um artigo do arqueólogo britânico William John Thoms, na revista The Athenaeum. Ele uniu as palavras folk (povo ou popular, em inglês) e lore (saber ou cultura, em inglês) para se referir às manifestações culturais populares. 

Quase 100 anos depois, em 30 de abril de 1941, um grupo de estudiosos se reuniu para fundar a Sociedade Brasileira de Folclore, com integrantes como Luís da Câmara Cascudo, Hélio Galvão, Oswaldo Lamartine, Deífilo Gurgel e Veríssimo de Melo, além de folcloristas estrangeiros da Irlanda, Estados Unidos, Suécia, Suíça e Espanha. 

O grupo seria pioneiro em fomentar os debates em torno do tema no Brasil - antes mesmo de o governo federal subvencionar o campo, além de ter sido fundamental na consolidação do Movimento Folclórico Brasileiro, nas décadas de 1940 e 1950. 

Nas palavras de Cascudo, a Sociedade Brasileira do Folclore buscaria “derrubar as muralhas chinesas que separam os povos ibero-americanos, do Canadá a Argentina, estabelecendo um contato intelectual proveitoso e fraternal, baseado na comunidade dos assuntos e similitude dos estudos”. E foi assim que, ao longo dos anos 1940, a partir de Natal, estabeleceu-se uma rede de mais de cem intelectuais do Brasil e de outros 26 países que buscavam nos saberes populares o desenvolvimento de uma “Ciência do Povo’. 

Para celebrar os 80 anos da criação da Sociedade Brasileira de Folclore, o Museu Câmara Cascudo da UFRN, em parceria com o Instituto Ludovicus, promovem a live “Ciência do povo, saber popular”, com a participação do professor Francisco Firmino Sales Neto, da Universidade Federal de Campina Grande, e Daliana Cascudo, diretora do Instituto Ludovicus, responsável pela guarda do patrimônio intelectual de Luís da Câmara Cascudo. O encontro será mediado pelo professor Luiz Assunção, na sexta-feira, 20, às 19h30, na plataforma do MCC Virtual, no Facebook e Youtube. Os interessados em receber certificados, devem realizar as inscrições na página do evento no Sigaa.

Ficha técnica

Debatedores: Francisco Firmino Sales Neto (UFCG) e Daliana Cascudo (Instituto Ludovicus)

Mediação: Luiz Assunção (UFRN)

Produção: Étore Medeiros e Thays Bianos

Transmissão: Étore Medeiros e Erick Gabriel

Design: Isabele Dantas e Vinícius Bezerra

Comunicação: Jailson Santos, Iano Flávio Maia, Isabele Dantas e Nathália de Souza

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